Depois de duas partidas irreconhecíveis, o Grêmio voltou a
jogar com cara de Grêmio. O placar adverso, 1 a 0 para o San Lorenzo, foi um
detalhe. É claro que não é qualquer detalhe, pois obriga o Tricolor a vencer os
argentinos por dois gols de diferença. Mas a boa notícia da quarta-feira que
marcou a primeira derrota do Imortal na Libertadores também marcou a volta de
um time com coragem, indignação e capacidade de reação. A começar porque o
Grêmio segurou a pressão do San Lorenzo, que pouco chutou a gol nos primeiros
25 minutos do primeiro tempo. Depois disso o time equilibrou, estancou a pressão
inicial e chegou até a assustar o adversário em alguns momentos.
No segundo tempo, quando o San Lorenzo já tinha perdido um
pouco da sua capacidade de pressionar, o Grêmio começou melhor. Mas uma falha
da defesa (mais uma) atrapalhou os planos do Tricolor de manter a
invencibilidade na Libertadores. Em desvantagem no placar, o Grêmio mandou no
jogo: teve mais posse de bola, encaixotou o San Lorenzo no seu campo e
pressionou. Tomou alguns sustos nos contra-ataques, mas esteve mais perto de
empatar do que de levar o segundo gol. Esse segundo tempo expôs a fragilidade
do time argentino, que apesar de saber se defender, demonstrou nervosismo.
O jogo de volta é uma incógnita. Times argentinos às vezes
jogam melhor fora de casa, sob pressão, do que em casa, com o apoio da torcida.
Para se classificar, o Grêmio precisa desmontar a vantagem de um time que vai a
Porto Alegre só para se defender e talvez buscar um gol no contra-ataque. A situação
recomenda time reserva no domingo, pelo Brasileirão, colocando em campo apenas
os jogadores que precisam de ritmo de jogo, como Zé Roberto e Luan. O Grêmio
voltou em desvantagem. Mas está vivo. EU ACREDITO!
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