sexta-feira, 17 de maio de 2013

CONTIGO NA BOA E NA RUIM MUITO MAIS...



A derrota e a eliminação da Libertadores vieram num jogo em que prevaleceu um esquema tático vergonhosamente covarde. O Grêmio recuou, aceitou a pressão de um time apenas mediano, quando, com a bola no chão, poderia ter amassado. Faltou alma ao time treinado por Luxemburgo. Luxa montou um Grêmio que mais parecia um time de futevôlei e futevôlei só funciona em Copacabana. Na Libertadores, treino é jogo e jogo é guerra. Falta contar isso ao Luxemburgo. Independentemente disso, sigo apoiando o Tricolor. Mas o time precisa recuperar a sua alma castelhana e deixar as firulas para as férias.

CASTIGO MERECIDO



O Grêmio recebeu um castigo merecido no final do jogo, depois de se encolher como time pequeno para enfrentar o modesto Santa Fé. Mas foi um castigo que “contempla” não só os 180 minutos desse jogo, que começou a ser perdido graças à estupidez do ex-zagueiro Cris, o mais desastrado e desastroso dos bruxos que Luxa levou para o Tricolor. Foi um castigo pelo conjunto da obra nessa Libertadores.

A direção investiu pesado, deu a Luxemburgo os jogadores que ele quis. Trouxe um Dida em fim de carreira, barrando o promissor Marcelo Grohe. O ex-goleiro da seleção não defendeu sequer um pênalti na temporada. E foram várias chances dele fazer o que fazia nos áureos tempos de seleção. André Santos na lateral esquerda, vá lá, mas Júlio César e mesmo Anderson Pico vinham bem. E André Santos não disse a que veio, não mostrou o que veio fazer no Grêmio. Cris dispensa comentários. Esse não pode mais vestir a camisa do Grêmio.

Do meio para a frente, o time é bom, mas no últimos jogos a bola não tem chegado. Nem para bater times fracos como Huachipato, Caracas, Juventude e o próprio Santa Fé. Quer dizer: Vargas, que fez um golaço pela seleção chilena contra o Brasil, perdeu o gol mais feito do jogo. Custou caro e até aqui não deu retorno. E Barcos parece estar afundando. Mas isso porque a bola tem chegado quadrada.

Luxemburgo não tem e nunca teve perfil de treinador para mata-mata. Mostrou isso perdendo pateticamente para times inferiores, como na Copa do Brasil e na Sul Americana do ano passado e hoje, contra o Santa Fé. Ainda assim defendo que Luxa continue no cargo. Vem aí o Campeonato Brasileiro e nos pontos corridos ele se sai melhor do que no mata-mata. Mas para que esse time passe a funcionar, a bruxaria do Luxa precisa ser expurgada.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

MAIS UMA DECISÃO NA TEMPORADA



O Grêmio entra em campo nesta quinta-feira numa altitude de 2.600 metros, em Bogotá, para enfrentar o Santa Fé, valendo vaga para as quaras de final da Libertadores. É mais uma decisão na atual temporada, que já começou num mata-mata contra a LDU, logo de cara. Até aqui o time tem passado com sufoco por essas decisões. Venceu a LDU nos pênaltis. Segurou um empate contra o Huachipato no Chile e ganhou a vaga. Poderia ter largado numa situação melhor na disputa contra o Santa Fé, fazendo um bom placar na Arena, mas graças a Cris, que conseguiu ser expulso [mais uma vez] num lance sem chance de chute a gol, mais uma vez o sufoco.

E dessa vez o sufoco é dobrado: o Tricolor enfrenta um time que vem com tudo, tentando reverter o resultado e ainda enfrenta a altitude. Existem algumas boas novidades: o meio de campo vai completo, com a dupla Elano-Zé Roberto, que protagonizou os melhores momentos do Imortal na temporada. Outro reforço é a suspensão de Cris, somada a outra boa nova na zaga Tricolor, que é a volta de Wesley. Sem Cris, a chance de acabar com um a menos por causa de expulsões reduz bastante. E caem também as chances de falhas defensivas – o ex-zagueiro já estourou sua cota de falhas comprometedoras.

De qualquer forma, o time precisa render mais do que tem rendido, dada a qualidade do elenco. Com mais futebol, teremos menos sufoco.

Boca

O Boca fez valer a tradição e derrubou o Corinthians nas oitavas de final, vingando a derrota na final do ano passado. Não assisti o jogo – vi só os minutos finais –, mas dá para ressaltar o comportamento da torcida corintiana, que mesmo diante do empate que desclassificou o time, apoiou e homenageou o time. A bonita festa dos corintianos na arquibancada apaga um pouco da má impressão que os alvinegros costumam deixar, como no episódio de uma desclassificação na Libertadores, no começo da década passada [lembro que a torcida ameaçou invadir o campo – e quase conseguiu] ou no começo da atual edição da competição, com a morte de um torcedor boliviano, no jogo contra o San José.

Quanto ao Boca, ainda há chance de o Grêmio vingar 2007, pegando os argentinos numa eventual final e devolver aquela derrota. É claro que para chegar lá o Grêmio precisa melhorar muito.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

VITÓRIA MAIÚSCULA, MAS ABUSANDO DA IMORTALIDADE


O calor da vitória maiúscula do Grêmio sobre o Santa Fé não dispensa a realização de algumas observações críticas. Primeiro Cris. O zagueiro é o mais desastrado e desastroso dos bruxos trazidos por Luxemburgo para o Grêmio. NÃO PODE MAIS VESTIR A CAMISA TRICOLOR! Nas partidas em que jogou (sic), ou Cris foi expulso, como hoje e no Fluminense, ou falhou, como no jogo contra o Caracas, em Caracas. O jogo de hoje era para 2, 3 a 0, mas graças a Cris, o 2 a 1 foi suado, embora merecido.

Agora a vitória: o time mostrou a garra que nos acostumamos a ver no Grêmio e que todos esperamos desse time. Foi pura superação. O time não se irritou com a irritante cera e o toque de bola do Santa Fé, que tentou envolver para depois dar o bote e conseguiu marcar um golaço para conseguir a vantagem – que não é das melhores nem maiores, mas é vantagem. Vargas conseguiu marcar um gol – estava em débito. Barcos se esforçou e esteve perto de marcar. Elano justificou a falta que fez ao time. Se aquela bola na trave do primeiro tempo entra, a situação seria melhor ainda. Souza foi pura garra. Fernando foi um gigante e a Geral mostrou que faz a diferença. Que as lições sejam aprendidas.

Sem Cris, com a garra mostrada hoje e com o apoio da torcida o time pode ir longe.

O REFORÇO VEM DAS ARQUIBANCADAS


Com Zé Roberto suspenso, Werley machucado e Luxa assistindo o jogo longe da casamata, dá pra dizer que o Grêmio vai reforçado para mais uma decisão na temporada. Além de Elano, que volta para melhorar o meio de campo - no jogo de volta, com ele e Zé Roberto o setor criativo estará recomposto -, o grande reforço para o jogo desta noite é a volta da Geral para as arquibancadas da Arena. Com banda e tudo.

Dentro de campo, o time que no papel é muito forte, não tem correspondido. E salvo engano, a má fase coincide também com a ausência da Geral das arquibancadas da Arena. Hoje, com o reforço da melhor torcida do Brasil, o time tem tudo para se recuperar. É preciso que, como o velho Casarão da Azenha, o nosso Olímpico Eterno, a Arena aprenda a rugir.

A força e o reforço para reverter a má fase vem das arquibancadas.