sexta-feira, 29 de outubro de 2010

MAIS HEBER

Não tenho nada contra o Héber Roberto Lopes. Para quem mora em Londrina, ele é figura fácil. Volta e meia está correndo no Lago Igapó II. Sempre simpático, mostra que o sucesso não subuiu à cabeça, cumprimenta a todos na boa. Toda vez que o encontro, ainda brinco para ele pegar leve com o Grêmio.

O problema é que o histórico de erros do Héber contra o Grêmio é extenso. Mostrei ontem aqui o pênalti escândaloso não marcado contra o Vasco, em Julho, no primeiro turno.

O pênalti não marcado ontem contra o Fluminense foi igualmente escândaloso. Para piorar, depois do pênalti não marcado, Héber distribuiu cartões amarelos para jogadores do Grêmio por conta das reclamações contra o seu próprio erro. E economizou nos cartões contra o Fluminense.

Héber é velho conhecido da torcida do Grêmio. A cada temporada repete erros e sempre contra o mesmo lado, o do Grêmio, o que justifica a reação de cartolas do Tricolor. Mas só reclamar é pouco. É preciso vetar definitivamente Héber de apitar jogos do Grêmio. Senão continuaremos sendo prejudicados por erros decisivos como o de ontem.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

HÉBER. COMO SEMPRE

Conca fez dois gols - o primeiro deles um golaço -, o Fluminense jogou um futebol pragmático, o Grêmio perdeu alguns gols, embora tenha amassado o time das Laranjeiras no segundo tempo, mas quem decidiu o jogo mesmo foi ele: Héber Roberto Lopes.

Todo jogo do Grêmio que Héber apita, dá nisso: pênalti claro para o Tricolor e Héber ignora. Foi assim contra o Vasco, como eu havia postado anteriormente, foi assim em temporadas anteriores, com erros sempre contra o Grêmio, foi assim agora à noite contra o Fluminense.

A direção do Grêmio precisa fazer qualquer coisa, mas HEBER ROBERTO LOPES NÃO PODE APITAR UM JOGO DO GRÊMIO NUNCA MAIS. É inadmissível. Um árbitro errar é normal, humano - nem sempre é tão humano assim. Mas errar sempre contra o mesmo lado já é difícil de engolir.

PEDREIRA: GRÊMIO PEGA O LÍDER FORA DE CASA

O Grêmio pega uma pedreira hoje, pelo Campeonato Brasileiro: o líder Fluminense, no primeiro de dois jogos fora de casa - na rodada seguinte o jogo é contra o Goiás, no Serra Dourada. Vencer o Flu é essencial para o Tricolor manter o fôlego na disputa por uma vaga na Libertadores. E até - porque não acreditar na imortalidade do Tricolor? -, quem sabe, continuar correndo por fora na luta pelo título. Até porque os três times que ocupam as três primeiras posições, Fluminense, Cruzeiro e Corinthians, não cansam de patinar.

O time joga desfalcado, já que Fábio Rochemback, que foi bem no GREnal, mas acabou expulso, naquele pênalti comemorado por um auxiliar de Carlos Simon, cumpre suspensão. O substituto imediato Adílson, que também é tido como titular da equipe, também cumpre suspensão e está fora. Na vaga do meio de campo deve jogar Ferdinando.

Além da dificuldade pegar o líder fora de casa, há outra pedra no caminho do Tricolor. O árbitro da partida de hoje é o londrinense Héber Roberto Lopes, eleito no ano passado o melhor do Brasil, mas que tem um longo histórico de erros contra o Grêmio em outras temporadas - erros sempre contra, nunca a favor. Um bom árbitro, mas que tem errado muito contra o Grêmio.

Foi o Héber que apitou Grêmio x Vasco, na 10 rodada, no primeiro turno, dia 21 de julho, no Olímpico. Foi um jogo sob forte chuva, gramado alagado, sem condições de a bola rolar. O Vasco saiu na frente e o Grêmio empatou, com Jonas. No final do jogo, Borges recebeu perto da área, driblou o goleiro e chutou para o gol vazio. O zagueiro do Vasco evitou o gol com o braço, mas Héber não marcou pênalti para o Grêmio - esse foi um dos vários pênaltis não marcados a favor do Grêmio nesta temporada.

A expectativa dos Tricolores é de que Héber não repita esse tipo de erro e que o Grêmio jogue bem e vença.

O time que deve ser escalado hoje à noite pelo técnico Renato deve ser: Victor; Gabriel, Paulão, Rafael Marques e Fábio Santos; Ferdinando, Vilson, Lúcio e Douglas; Jonas e André Lima.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

SOY DE GRÊMIO

Não sei como começou, nem como acabou. Do jeito que veio foi, sem deixar vestígios. O fato é que pelo menos até os 7 anos de idade, eu trocava o “e” pelo “a” quando falava as palavras. Isso gerou uma situação inusitada no meu primeiro dia de aula, no Grupo Escolar Ceará (hoje Colégio Estadual), no bairro de Teresópolis, em Porto Alegre. Cheguei atrasado e tive que ir atrás da professora junto com uma inspetora de alunos. Eram sete primeiras séries e o problema era que a moça não entendia o nome da minha professora, que era a única referência que eu tinha para encontrar a minha turma: Neusa. Pela minha pronúncia errada, todos entendiam “Nausa” e certamente não havia nenhuma professora com este nome no Grupo Escolar Ceará.

Passamos por todas as turmas de primeira série, incluindo a sala da professora Neusa, que não reconheceu o seu nome com a pronúncia errada. Na última sala, a professora teve a sacada: “Não é Neusa?”. E eu respondi, enfim compreendido: “Isso, Nausa”.

Por conta desse erro de pronúncia, todos adoravam me perguntar para que time eu torcia. “Gramio” (na verdade, Grêmio), eu respondia sem pestanejar. Não é a quantidade de vezes que eu respondi “Gramio” na primeira infância que me fez mais ou menos gremista. Curiosamente, tenho um sobrinho londrinense e gremista, o Tety, hoje com 16 anos, que tinha um problema de pronúncia semelhante com a letra “e” na primeira infância, mas foi por muito pouco tempo e ele trocava o “e” pelo “a” em palavras em que o “e” aparece como acento agudo. Descobri no dia em que ele cantou uma música com a seguinte pronúncia “a, a, a, eu acho que o bagulho a de quem tá de pá” – tradução, é, é, é, eu acho que o bagulho é de quem tá de pé).

O fato é que o Grêmio sempre esteve presente na minha vida, é um traço da minha personalidade, desde quando eu me entendo por gente. Uma das lembranças mais antigas que eu tenho é de um Carnaval no Grêmio – éramos sócios do clube –, coisa possivelmente de 1972 ou 73, no máximo. Lembro da minha mãe, do sol da tarde entrando pela janela e dos ladrilhos azuis na parede.

Nasci numa família de gremistas. Meu avô era gremista. Meu pai e meus tios, também. Minha mãe é colorada, mas isso é gene recessivo. Todos os meus irmãos, todos os meus sobrinhos. Todos, todos.

Enfim, se eu contar a história da minha vida, o Grêmio estará em várias passagens. No dia da minha colação de grau, no Moringão, em 1995, lá estava o manto sagrado embaixo da beca. Minha amiga Telma Elorza diz que eu sou fanático. Não acho. Não é porque eu tenho uma coleção com mais de 100 peças – mais de 60 camisas, todas oficiais, nenhuma pirata –, entre camisas de jogo, de treino, calções, meiões e abrigos que eu vou ser fanático. Sou Grêmio naturalmente, é um traço da minha personalidade.

A MÃO AMIGA

Num GREnal disputado com muito equilíbrio, com leve vantagem para o Grêmio, a diferença que salvou o Inter da derrota foi o D´Alessandro, que a defesa bobeou e não marcou direito, mas principalmente o árbitro Carlos Simon, que deixou de marcar um pênalti para o Grêmio no primeiro tempo - sobre Jonas - e se absteve de expulsar Guinazu.

O volante colorado só levou um cartão amarelo no final do segundo tempo, depois da expulsão de Fábio Rochembak, mas antes disso já tinha dado cotovelada, soco na cara e inúmeros carrinhos criminosos. Dessa vez, além de beneficiar o Inter, a turma de Simon deu bandeira, como mostra a imagem do quinto árbitro comemorando o pênalti salvador marcado pelo árbitro.

Em que pesse Simon, que felizmente nunca mais vai apitar um GREnal para salvar os colorados, foram muitos gols perdidos pelo Grêmio, que poderia ter aplicado uma goleada no maior rival.

Enfim, coisas do futebol. Amanhã é outro dia e outra pedreira: Fluminense, no Rio de Janeiro. E com arbitragem do londrinense Héber Roberto Lopes, que costuma errar contra o Grêmio.