sexta-feira, 22 de junho de 2012

VESTE O PIJAMA, LUXA!

Luxemburgo mostrou hoje ser um ex-técnico. Insistiu mais uma vez em Marco Antônio, jogador que não merece nem sentar no banco de reservas. Para a Portuguesa ele era craque. No Grêmio, não tá jogando nem para ser terceiro reserva. Mesmo assim, Luxemburgo deixou o apagado rapaz por um tempo e meio, num jogo em que era preciso correr atrás de um grande prejuízo, o que é inadmissível.

Dentro de campo, de novo o Grêmio foi melhor do que o Palmeiras, mas dessa vez, tinha um Valdívia de diferença. O que falta ao Grêmio é o que Valdívia faz: desmonta a marcação com um toque diferenciado. Era isso o que Douglas fazia e que a diretoria deixou ir embora. A expectativa é que Zé Roberto faça isso.

Dentro de campo, Kléber continua descontado. Apanhou bastante da zaga do Palmeiras, embora a arbitragem não tenha visto metade das faltas que ele sofreu. Marcelo Moreno não é mais o mesmo, vive uma má fase de uns três jogos para cá. Precisa "ressuscitar".

Para o restante da temporada, antes de mais nada Luxemburgo precisa voltar a ser técnico ou pegar o boné e ir embora. Se continuar, precisa começar mexendo algumas coisas. Antes de mais nada, Pará é lateral direito e precisa ir para o lado certo do campo. Por isso, assim que Júlio César voltar e Fábio Aurélio estiver em condições de jogo, ele precisa mudar de lado. No meio de campo falta criatividade, o que talvez melhore com a presença de Zé Roberto.

O time é bom, mas quando encontra uma retranca, como a do Felipão, pena para fazer um golzinho em 180 minutos.

Por fim, a arbitragem de hoje não foi o que definiu o jogo de forma clara, mas foi muito ruim: faltas em Kléber não foram marcadas. Na semana anterior, Héber Roberto Lopes já tinha sido uma tragédia. Mas, como sempre, o Grêmio para ser campeão não pode depender de juiz honesto - que os erros sempre acontecem a favor do adversário.

domingo, 17 de junho de 2012

A ZAGA DO GRÊMIO PROVOCA AFLIÇÃO...

Pela segunda vez, depois de um jogo em que o Grêmio foi melhor, uma derrota no final da partida num cochilo da defesa. Foi o que aconteceu hoje, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, contra o Náutico, no Estádio dos Aflitos, palco da batalha de 2006 que leva esse nome, quando da épica vitória que devolveu o Imortal à elite do futebol brasileiro.

O time foi superior ao Náutico, mas não porque teve uma atuação brilhante, boa ou ao menos boazinha. Porque o Náutico é tão ruim que até o time da pelada de domingo seria capaz de ganhar deles nos Aflitos. Luxemburgo tentou uma escalação com três atacantes (Miralles, Moreno e Kléber), mas se esqueceu de montar um meio de campo – ou com os desfalques, o que fosse possível de meio de campo – que fizesse a bola chegar. Daí o time abusou da ligação direta da defesa para o ataque. Marco Antônio naufragou de novo, a exemplo do que aconteceu na quarta-feira, contra o Palmeiras, mas dessa vez ficou em campo até o fim.

Rondinelly entrou, mas no lugar de Miralles. Nos poucos minutos que ficou em campo, fez duas jogadas, que foi muito mais do que Marco Antônio produziu em 90 minutos. Botar Rondinely no lugar de Marco Antônio, no esquema com três atacantes, seria muito melhor, até porque, o pouco que o Grêmio fez no ataque com o gringo. Marcelo Moreno mandou bola na trave, também estava melhor – dentro do possível – e Kléber se esforçou. Para o Gladiador, serviu para dar ritmo de jogo para a batalha de quinta-feira.

O gol do Náutico saiu depois de uma cobrança de escanteio que a zaga afastou, mas os pernambucanos pegaram a segunda bola e “chuveiraram” de novo. Mas antes disso, Tony, o lateral-direito que entrou no lugar de Edílson e até fez duas boas jogadas, tentou fazer firula e armou o contra-ataque do Náutico – que resultou no escanteio que resultou no gol. Com a derrota o Grêmio caiu da 3ª para a 5ª colocação no Brasileiro e chega para o jogo de volta contra o Palmeiras, quinta-feira, em São Paulo , pela Copa do Brasil, em baixa, invertendo o papel com os paulistas – que chegaram desacreditados para o jogo do Olímpico.

A reversão do resultado do Olímpico está muito difícil, mas do Grêmio e da imortalidade eu aprendi a não duvidar. É claro que o time precisa jogar para ajudar a imortalidade. E precisa se motivar. Dá para começar pegando a declaração de um cartola palmeirense hoje, à Folha de S. Paulo, dizendo que vai precisar de Valdívia “contra o Coritiba”, na final da Copa do Brasil. Provocou os são-paulinos e de quebra deu a semifinal como decidida. Não sei se o Luxa vai usar isso. Se fosse o Felipão...

quarta-feira, 13 de junho de 2012

LUXEMBURGO É FREGUÊS!

O Grêmio jogou melhor, sufocou o Palmeiras, mas... perdeu de 2 a 0, dois gols em dois contra-ataques. O resultado mostra aquilo que a torcida sempre gritou quando Vanderlei Luxemburgo vinha ao Olímpico como visitante: um, dois, três, Luxemburgo é freguês. E é mesmo: freguês do Grêmio e freguês do Felipão.

Felipão foi mais Felipão do que nunca: armou um time retrancado, que segurou o ímpeto do Tricolor e do Olímpico rugindo, como foi nesta noite. O Grêmio dominou, mas não foi eficiente. Muita bola girando de lado a lado, sem conseguir furar o bloqueio. Marco Antônio naufragou na marcação. Rondinely, quando entrou, fez a melhor jogada do Grêmio no jogo, mas também deu a furada que deu origem ao contra-ataque do primeiro gol. No segundo, Victor falhou e a zaga bobeou feio.

Uma nota especial para a arbitragem: Héber Roberto Lopes, o anti-Grêmio não teve interferência direta no resultado, mas foi o Héber de sempre – deu faltas para o Palmeiras, aquelas famosas faltas pára-jogo, no meio do campo, mas não usou o mesmo critério para o Grêmio. Três minutos de acréscimo para a cera que o Palmeiras fez foi brincadeira.

Ficou difícil, mas o Grêmio é imortal. Difícil vai ser fazer 3 a 0 num Palmeiras ainda mais retrancado no jogo de volta.

DIA DE FAZER A LIÇÃO DE CASA

Grêmio e Palmeiras começam a decidir hoje à noite, no Olímpico, uma vaga na final da Copa do Brasil. O importante no sistema de competição que fez do Grêmio o Rei de Copas, o mata-mata, é fazer um bom placar hoje, no caldeirão do Olímpico e depois deixar o Palmeiras se afundar na crise que se anuncia – o time ainda não venceu no Brasileirão e uma derrota hoje vai esquentar muito os ânimos por aqueles lados.

O Tricolor vive um momento melhor que os palmeirenses. Luxemburgo ainda não ganhou nada – pelo contrário, perdeu o Gauchão –, mas deu consistência ao time que começou a ser formado no começo do ano. Seu retrospecto é bom, principalmente dentro do Olímpico, onde o Grêmio do “Profexô” Luxa não perdeu. Time por time, o Grêmio tem leve superioridade. O Olímpico é um caldeirão que tem que ferver hoje à noite para cozinhar os nervos palmeirenses.

Fotos da miniatura do Olímpico que eu tenho em casa...


...Já o Olímpico de verdade vai ferver hoje à noite.
Mas um jogo como o de hoje é cercado de perigos, no qual todo cuidado pouco. O Palmeiras está ferido e Felipão entende de mata-mata. Pra cima deles, Tricolor!

O REENCONTRO DE LUXEMBURGO E FELIPÃO

Grêmio e Palmeiras começam hoje à noite, no Olímpico, um duelo que revive uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro na década de 1990. E com os dois técnicos que comandaram essa rivalidade naquela época: Luxemburgo e Felipão. A diferença é que agora eles estão com os sinais trocados. Nos anos 90, Luxemburgo era o técnico do estelar Palmeiras financiado pela Parmalat, uma parceira que tinha dinheiro para comprar jogadores claros. Era um time extremamente comemorado pela imprensa paulista. Já Felipão estava no Tricolor.

Dois jogos em mata-mata simbolizaram essa rivalidade: em 1995, pelas quartas de final da Libertadores, o Grêmio fez 5 a 0 no jogo de ida, no Olímpico. Na volta, em São Paulo, Jardel marcou aos 8 minutos do primeiro tempo, o que parecia liquidar o Palmeiras de Luxa. Mas o Palmeiras virou para 5 a 1. O gol de Jardel levou o Grêmio para a fase seguinte, no caminho do bi da Libertadores, conquistado naquele ano.

Em 1996, semifinal da Copa do Brasil. No jogo de ida, em São Paulo, 3 a 1 para o Palmeiras de Luxa. Na volta, no Olímpico, o Palmeiras abriu o placar aos 12 minutos do segundo tempo, com Luizão, mas o Grêmio de Felipão virou com gols de Jardel, aos 16 e Zé Alcino, aos 34. Com mais um gol, a decisão iria para os pênaltis. O gol saiu aos 49, pelos pés de Jardel, mas o bandeirinha Paulo Jorge Alves inventou um impedimento que não existiu. O milionário Palmeiras de Luxa só conseguiu bater o Grêmio com a ajuda da arbitragem. Dentro do campo não passaria.

Neste 2012, Luxa e Felipão não são mais os dois principais técnicos do futebol brasileiro, como foram na década de 1990. Felipão ganhou a Copa de 2002 e foi técnico da seleção portuguesa num bom ciclo da sempre mediana seleção lusitana. Voltou do Brasil depois de uma passagem fraca pelo futebol inglês e desembarcou no Palmeiras. Seu segundo ciclo no Palmeiras é fraquíssimo e sem títulos, que poderia ser salvo com um título da Copa do Brasil. Não é o mesmo Felipão.

Já Luxemburgo, teve uma passagem controvertida pela seleção brasileira e teve seu auge no galático Real Madrid, onde exibiu seu portunhol, mas não fez muito sucesso.

Depois do auge dos anos 90, os dois se reencontram, só que em lados diferentes daqueles nos quais fizeram sucesso naquela época.