quarta-feira, 13 de junho de 2012

O REENCONTRO DE LUXEMBURGO E FELIPÃO

Grêmio e Palmeiras começam hoje à noite, no Olímpico, um duelo que revive uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro na década de 1990. E com os dois técnicos que comandaram essa rivalidade naquela época: Luxemburgo e Felipão. A diferença é que agora eles estão com os sinais trocados. Nos anos 90, Luxemburgo era o técnico do estelar Palmeiras financiado pela Parmalat, uma parceira que tinha dinheiro para comprar jogadores claros. Era um time extremamente comemorado pela imprensa paulista. Já Felipão estava no Tricolor.

Dois jogos em mata-mata simbolizaram essa rivalidade: em 1995, pelas quartas de final da Libertadores, o Grêmio fez 5 a 0 no jogo de ida, no Olímpico. Na volta, em São Paulo, Jardel marcou aos 8 minutos do primeiro tempo, o que parecia liquidar o Palmeiras de Luxa. Mas o Palmeiras virou para 5 a 1. O gol de Jardel levou o Grêmio para a fase seguinte, no caminho do bi da Libertadores, conquistado naquele ano.

Em 1996, semifinal da Copa do Brasil. No jogo de ida, em São Paulo, 3 a 1 para o Palmeiras de Luxa. Na volta, no Olímpico, o Palmeiras abriu o placar aos 12 minutos do segundo tempo, com Luizão, mas o Grêmio de Felipão virou com gols de Jardel, aos 16 e Zé Alcino, aos 34. Com mais um gol, a decisão iria para os pênaltis. O gol saiu aos 49, pelos pés de Jardel, mas o bandeirinha Paulo Jorge Alves inventou um impedimento que não existiu. O milionário Palmeiras de Luxa só conseguiu bater o Grêmio com a ajuda da arbitragem. Dentro do campo não passaria.

Neste 2012, Luxa e Felipão não são mais os dois principais técnicos do futebol brasileiro, como foram na década de 1990. Felipão ganhou a Copa de 2002 e foi técnico da seleção portuguesa num bom ciclo da sempre mediana seleção lusitana. Voltou do Brasil depois de uma passagem fraca pelo futebol inglês e desembarcou no Palmeiras. Seu segundo ciclo no Palmeiras é fraquíssimo e sem títulos, que poderia ser salvo com um título da Copa do Brasil. Não é o mesmo Felipão.

Já Luxemburgo, teve uma passagem controvertida pela seleção brasileira e teve seu auge no galático Real Madrid, onde exibiu seu portunhol, mas não fez muito sucesso.

Depois do auge dos anos 90, os dois se reencontram, só que em lados diferentes daqueles nos quais fizeram sucesso naquela época.

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