domingo, 9 de novembro de 2014

A VELHA PATROLA AZUL ESTREOU NA ARENA

O GREnal parecia mais vídeo game. E não só pela bela imagem do perfil do Grêmio no Facebook

Os velhos e bons tempos da patrola voltaram. O Grêmio  de Felipão atropelou o Inter do freguês Abelão por 4 a 1, na Arena, devolvendo o placar da final do Gauchão e mostrando que parece que a gangorra vai mudar de lado no futebol gaúcho. Os colorados, como se comentou durante toda a semana , entrevam como “favoritos”. E foi assim que começaram a jogar, de salto alto, imaginando que poderiam ganhar o jogo a qualquer momento.

Mas enquanto o Inter desfilava “favoritismo”, o Grêmio desfilava futebol. Chegou algumas vezes com perigo, até que 27 do primeiro tempo, Dudu fez boa jogada pela direita – o zagueiro colorado está procurando Dudu até agora – e tocou para Luan, que de carrinho empurrou a bola para o fundo das redes. Os colorados ameaçaram reagir, mas o Tricolor chegava bem nos contra-ataques.

Logo no começo do segundo tempo, aos 3 minutos, Luan tabelou com Dudu e deixou Ramiro na cara do goleiro colorado: 2 a 0 para nós e nada do Inter “entrar em campo”.

O Inter descontou com um gol de razoável plástica de Rafael Moura aos 19 e foi aí que entrou a mão de mestre Felipão, para transformar o Grêmio no time que só ganha de 1 a 0 num goleador impiedoso: Alan Ruiz entrou no lugar de Luan e só precisou de 15 minutos em campo para avacalhar com a defesa colorada e tirar o sempre provocador Dalessandro do sério – a entrevista do camisa 10 do colorado depois do jogo estava hilária!

Aos 30 do segundo tempo, o meia argentino do Grêmio foi caçado perto da lateral, Falta pra nós. Zé Roberto  cobrou, Rodolfo desviou no primeiro pau e Alan Ruiz estava lá para mandar para o fundo das redes. Com os colorados atormentados, jogada rápida, Giuliano recebeu e tocou para Alan Ruiz: o meia deixou um colorado no chão e mandou sem dó para o fundo das redes. Na comemoração, os colorados perderam a esportiva e partiram pra cima do camisa 11 Tricolor. Primeiro foi Rafael Moura, depois, Dalessandro, sucedendo-se no “piti” vermelho. O juiz sequer deu amarelo para o meia colorado, que merecia a expulsão.

Esperto, Felipão substituiu o Hermano, que já provocou algumas expulsões nesse brasileiro – como por exemplo Fred, no primeiro turno – antes que ele provasse do próprio veneno.


Com a goleada, o Tricolor cresce na hora certa de garantir vaga na Libertadores e de quebra deixar o Inter fora do G-4. Não poderia ser melhor. Felipão na casamata Tricolor é garantia de dias melhores. 

domingo, 24 de agosto de 2014

O GRÊMIO VELHO DE GUERRA VOLTOU

O Felipão voltou. E o Grêmio velho de guerra também. A vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians foi significativa, nem tanto pelo resultado, mas pela forma como o time jogou. O bem articulado Corinthians deu trabalho, mas o começo avassalador do segundo tempo, com um gol aos 15 segundos e outro poucos minutos depois resolveu a parada. O Grêmio velho de guerra dá carrinho, manda a bola para a arquibancada e é fulminante quando ataca. Se tinha duas bolas para resolver o jogo, elas apareceram e foram aproveitadas.

O Grêmio da nova Era Felipão já vinha fazendo bons confrontos. Foi assim no GREnal e contra o Cruzeiro, no qual uma falha no final deu a vitória aos mineiros, depois do goleiro cruzeirense ter feito três vitórias milagrosas, em dois chutes de Dudu e um de Luan. Seriam dois resultados relevantes pelo que representam os adversários, não por acaso, líder e vice líder do Campeonato até o começo da rodada.


O Grêmio não é candidato ao título, que deve ficar entre os quatro primeiros colocados na tabela hoje – Cruzeiro, São Paulo, Inter e Corinthians e Fluminense correndo por fora. Mas o que apareceu hoje no gramado da Arena é um time que entra pra disputar título na Copa do Brasil, que é tão difícil quanto o Brasileiro, mas que tem um formato mais favorável ao Grêmio. 

quarta-feira, 30 de julho de 2014

#OFELIPÃOVOLTOU


Há males que vem para o bem. Os 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil na Copa do Mundo e a derrota de domingo para um Coritiba que patina na zona de rebaixamento em plena Arena serviram para colocar o comandante de uma  das melhores fases da história do Grêmio – os anos 90 – de volta no caminho do Imortal. Luiz Felipe Scolari foi anunciado nesta terça-feira pela direção do Tricolor para assumir a casamata.
Em que pese o tropeço na Copa do Mundo, com um time reconhecidamente mal treinado – isso não se nega – Felipão é vencedor e tem condições de recolocar o Grêmio no caminho das vitórias. O retrospecto dele é inquestionável: ganhou duas Libertadores, várias Copas do Brasil, um brasileiro e uma Copa do Mundo como treinador. Conhece futebol e tem uma química especial com o Grêmio.

Talvez a chegada de Felipão não ocorra a tempo de salvar a temporada. Mas é certo que, na sequência do trabalho o Grêmio vai voltar a conquistar títulos importantes. Por isso a volta do comandante é uma notícia a ser comemorada. 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

GRÊMIO DESEMBARCA NO NORTE DO PARANÁ COM NOVIDADES


O Grêmio que desembarcou hoje à tarde em Maringá e que enfrenta vice e campeão Paranaense em amistosos amanhã e domingo – amanhã contra o Maringá, vice-paranaense e domingo contra o Londrina, no Estádio do Café – tem algumas alterações com relação ao time que empatou melancolicamente com o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro, no seu último jogo oficial.

Marcelo Grohe segue no gol. Os dois zagueiros, Pedro Geromel e Rodolpho já foram titulares, mas não ao mesmo tempo, por causa de lesões. Nas laterais, Pará continua titular na direita e Breno sai jogando na esquerda – contra o Palmeiras quem jogou foi Marquinhos.

O meio de campo começa com Matheus Biteco e Ramiro como volantes e é completo por três meias: Alan Ruiz, Giuliano e Luan. Barcas joga nesse 4-5-1, que, com a bola nos pés pode ser mais ofensivo, principalmente pela presença de Luan, que teve boas atuações no primeiro semestre. A grande expectativa está depositada em Giuliano. Se melhorar o passe e a chegada da bola na frente, quem sabe Barcos saia da estiagem de gols no Campeonato Brasileiro.

Há mobilização de gremistas de Londrina e até de cidades não tão próximas, como Cascavel, para apoiar o Tricolor nas arquibancadas do Estádio do Café. No Wilie Davis é um pouco mais difícil para quem não mora em Maringá porque o jogo é dia de semana à noite. Mas há perspectiva de área de visitantes lotada no Estádio do Café. Com o Grêmio onde o Grêmio estiver.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

GRÊMIO VENCE BOTAFOGO DE VIRADA, ENGATA A TERCEIRA VITÓRIA CONSECUTIVA, MAS AINDA ESTÁ DEVENDO FUTEBOL

Maxi comemora o gol da virada, pedindo para ouvir a torcida - foto do perfil oficial do Grêmio no Facebook

Com os 2 a 1 de virada aplicados sobre o Botafogo, com gols de Rodriguinho e Maxi Rodrigues, ontem à noite, no Alfredo Jaconi (a Arena está cedida para a Copa), o Grêmio engatou a terceira vitória consecutiva e alcançou a vice-liderança do Brasileiro, com os mesmos 13 pontos que o líder Cruzeiro. Os mineiros vencem no saldo de gols. Em números, o Grêmio está no azul: são quatro vitórias, um empate e uma derrota em seis jogos, aproveitamento de 72,2%. A matemática é suficiente para evitar que Enderson Moreira tenha o mesmo destino que Wanderley Luxemburgo no ano passado: derrotado nas quartas de final da Libertadores, o time treinado pelo Profexô começou a patinar no Brasileiro. Foi demitido antes do fim da parada proporcionada pela Copa das Confederações.

A questão é que apesar dos números, o Grêmio ainda não convence em campo. Contra o Botafogo foi mais um jogo duro de ver e, pior, uma grande dificuldade para marcar gols. Nessa temporada, em jogos do Brasileiro ou da Libertadores – ou seja, excetuando o Gauchão – o Tricolor só fez três gols contra o Nacional de Medelin, na Arena. Foi o mesmo Nacional que cozinhou o Galo no mesmo Horto em que, na Libertadores do ano passado, o Atlético-MG era imbatível.

O melhor jogo do Grêmio no Brasileirão, por incrível que pareça, foram os 2 a 1 aplicados sobre o mesmo Galo mineiro, na Arena, com o time reserva. Foi uma partida de encher os olhos: pressão sobre o adversário e ataques rápidos, confundindo os marcadores. Poderia ter sido mais.
Depois da eliminação na Libertadores o Grêmio não perdeu – alias, o Tricolor caiu vencendo o San Lorenzo, perdendo apenas nos pênaltis –, mas também não jogou uma partida consistente. Logo na sequência do confronto com o time do Papa foi um empate sem gols contra o Santos, na Vila, num jogo esquecível, 2 a 1 sobre a Chapecoense fora, jogando apenas pro gasto, 1 a 0 sobre o Fluminense (o mesmo que goleou o São Paulo por 5 a 2 ontem) na Arena, tomando sufoco mesmo com um jogador a mais, e a vitória de ontem, em que valeu mais a fragilidade do Botafogo que as virtudes do Grêmio.


O próximo adversário é o São Paulo, que foi goleado ontem, mas que sempre é um time perigoso, com Pato, Ganso e outros bichos, num horário pra ninguém assistir, 21 horas de sábado. Depois Sport fora e Palmeiras no Jaconi e parada para Copa. Desses 9 pontos, importante era ganhar os 9, mas obrigação é ganhar do Sport, mesmo jogando fora e do Palmeiras (outro time que tem jogado feio, mas tem feito seus pontos, está com 9), porque o jogo é na Arena. É de se esperar que depois da folga para a Copa o time ganhe padrão e consistência, para que a torcida possa sonhar com dias melhores. Ainda assim, conquistar o Brasileiro neste ano é uma miragem. Mas sempre tem a Copa do Brasil. Mas para isso, é preciso melhorar o time.

EM TEMPO: com vitórias sobre Fluminense e Botafogo, o Grêmio encaminha o "bi-campeonato" da Taça Guanabara. Só falta o Flamengo, que está com um time mais fraco que o Flu. No ano passado o Grêmio ganhou de todos os cariocas no primeiro turno, "conquistando" a Taça Guanabara e ganhou de três deles e empatou com um - exatamente o Fluminense - no segundo turno, "conquistando" a Taça Rio. Nesse ano, com um carioca a menos, o rebaixado Vasco, ficou menos difícil.

domingo, 18 de maio de 2014

COM GROHE EM TARDE DE GORDON BANKS, GRÊMIO BATE O FLU E SE FIXA NO G-4


Valeu mais pelos três pontos do que pelo que se viu dentro de campo. O Grêmio "goleou" o Fluminense por 1 a 0 na Arena e Marcelo Grohe foi o melhor do Tricolor na partida. No primeiro tempo, num cabeceio de Fred, de dentro da área, o goleiro gremista deu uma de Gordon Banks - o goleiro inglês da Copa de 1970 que defendeu uma cabeçada a queima-roupa de Pelé. Não foi a única, mas foi a principal e mais plástica defesa de Grohe na partida deste domingo, pela quinta rodada do Brasileirão.

O primeiro tempo foi de um jogo equilibrado, com os dois times se alternando no domínio do jogo e sem pressionar muito o adversário. Os melhores lances do Grêmio até então foram com Pará, aos 4 minutos: o lateral invadiu a área, mas o goleiro do Fluminense saiu bem do gol e abafou. Aos 20, Rodriguinho passou por três e tocou para Barcos que chutou, mas a bola desviou na defesa e foi para escanteio.

O Fluminense também deu trabalho. No melhor lance dos cariocas no jogo, Fred cabeceou de dentro da área e Grohe viveu o seu dia de Gordon Banks. Depois desse lance ele fez outra grande defesa - não tão plástica - antes que o Tricolor abrisse o placar.

No momento em que saiu o gol da vitória, o Fluminense era melhor no jogo. Eram 36 minutos do primeiro tempo quando Werley deu um passe milimétrico para Rodriguinho, que apareceu por trás da defesa e chutou cruzado, sem chances para Diego Cavalieri.
Com a vantagem no placar, o Grêmio chegou mais algumas vezes ao ataque, sem grande perigo. E o adversário também não conseguiu chegar com perigo.

O segundo tempo começou equilibrado: logo aos 3 minutos, Barcos foi pego em impedimento depois de uma cobrança de falta de Rodriguinho. Barcos, por sinal, foi outro personagem do jogo: teve algumas chances boas para marcar, mas invariavelmente foi travado pela zaga.

O Fluminense pressionava quando, aos 23 do segundo tempo, Fred tomou o segundo cartão amarelo e foi expulso: ele simplesmente colocou a mão no pescoço de Alan Ruiz e foi flagrado pelo auxiliar de linha de fundo. Pouco antes ele tinha literalmente peitado Pará dentro da área, antes da cobrança de um escanteio.

Com um a mais e Zé Roberto no lugar de Alan Ruiz, Máxi Rodrigues no de Rodriguinho e Mateus Biteco no de Barcos, o Grêmio não conseguiu traduzir a superioridade numérica em gols. Foram criadas algumas boas chances, todas desperdiçadas e o time ainda por cima foi pressionado.

A vitória e o ingresso no G-4 ajudam bastante a acalmar os ânimos e a dar mais fôlego para o trabalho de Enderson Moreira, mas o time precisa melhorar muito. Tomar pressão dentro de casa com um jogador a mais não é o que se espera do Grêmio. Por sorte o próximo jogo é em "casa" - casa entre aspas porque por conta da Copa o Tricolor manda o jogo no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul - e o adversário é mais fraco: é o Botafogo, que oscilou de um 6 a 0 na rodada anterior, mas ontem tomou 2 a 0 do Goiás. Ganhar em casa é sempre obrigação. E contra o Botafogo é mais obrigação ainda.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O DIA EM QUE A APATIA MATOU O GRÊMIO

Teve bola na trave, bola tirada em cima da linha, gol anulado. No fim, Dudu marcou o gol que deu uma sobrevida ao Tricolor, e a possibilidade de buscar o segundo e liquidar a fatura nos 90 minutos. Faltou o que faltou nos 180 minutos da decisão contra o San Lorenzo: garra, frieza e pegada. A Libertadores 2014 do Grêmio pode ser resumida da seguinte forma: o Grêmio passou com louvor pelo “Grupo da Morte”, na primeira fase, mas no mata-mata, a apatia foi a morte para o Grêmio.

No primeiro jogo contra o San Lorenzo, o time até que suportou bem a pressão dos argentinos e no único lance de desatenção, tomou o gol que, no fim das contas, definiu a parada. Em desvantagem no placar, o Grêmio pressionou, encurralou o time argentino em plena Buenos Aires, mas nada de gol. Barcos ainda perdeu o tiro livre indireto dentro da área que poderia decretar um empate precioso fora de casa. Ironicamente, foi o mesmo Barcos que perdeu o primeiro pênalti da decisão que acabou com a trajetória do Grêmio nessa Libertadores. O segundo tempo de Buenos Aires dava impressão de que o jogo de volta seria um massacre. Não foi.

No jogo de volta, na Arena, o Tricolor teve um primeiro tempo apático, apesar de duas boas chances perdidas por Barcos. A primeira ele encobriu o goleiro, mas o zagueiro conseguiu correr e tirar a bola em cima da linha. Na segunda, Barcos escorou na pequena área e o goleiro tirou com o ombro. De resto, foi um primeiro tempo dos sonhos para os argentinos e dos pesadelos para o Grêmio: muita cera, toque de bola e o Grêmio tentando fazer a ligação direta. No segundo tempo, foram pouco mais de 10 minutos de pressão, com direito a um gol bem anulado, num impedimento de Barcos, depois da cobrança de escanteio. Depois da pressão, os argentinos voltaram a equilibrar o jogo, até que tomaram o gol. Chegaram algumas vezes com perigo ao ataque, mas pareciam satisfeitos em levar a definição para os pênaltis. E não foi por acaso.


Para a continuidade da temporada, é preciso ser sincero: a expectativa é de mais um ano em branco. Mesmo assim é importante manter Enderson Moreira, que perdeu uma Libertadores e perdeu de forma vexatória o Gauchão. A questão é que ele teve pouco mais de quatro meses de trabalho. É importante manter o treinador, tentar garantir a volta à Libertadores em 2015 e dar continuidade ao trabalho. Com uma temporada inteira, Enderson pode ser cobrado, aí com razão, no ano que vem. 

domingo, 27 de abril de 2014

"NETOS DO VOVÔ KOFF" ATROPELAM JUDAS E A MÁ ARBITRAGEM E COZINHAM O GALO NA ARENA

Era daqueles jogos que só sendo muito gremista para ir até a Arena assistir. Como 1.117 quilômetros me separam da Arena, o jeito foi sentar na frente da TV e mandar vibrações positivas para o Tricolor.

Afinal, o time vinha de três derrotas consecutivas, uma derrota desastrosa no GREnal que definiu o campeão Gaúcho e quem estaria em campo era o time reserva do Grêmio para enfrentar o time titular do Atlético-MG, com o Judas vestindo a camisa 10 deles e com a base do time que ganhou a Libertadores-2013. Só que os “netos do Vovô Fábio Koff” – como os batizou Pedro Ernesto Denardin, da Rádio Gaúcha – contrariaram a lógica e deram um belo presente para os gremistas mais fiéis que tiraram o começo da noite de domingo para acompanhar o Tricolor, seja na Arena ou na frente da TV.

O time que cozinhou o Galo, vencendo por 2 a 1, entrou em campo foi formado por Grohe; Mosíes, Saimon, Bressan e Breno; Mathes Biteco, Ramiro, Alan Ruiz, Rodriguinho e Luan; Lucas Coelho, num 4-5-1 que parece defensivo, mas engana bem, com Luan e Alan Ruiz chegando bem na frente. O primeiro gol foi logo aos 10 minutos, com Alan Ruiz cobrando falta no canto de Vítor. Lucas Coelho aproveitou uma falha da defesa, deu meia-lua em Vítor e mandou para o fundo das redes, poucos minutos depois.

O Galo manteve a posse de bola na maior parte do tempo, mas com a bola nos pés trocou passes laterais e raramente chegou com perigo. O Grêmio, sem ter posse de bola para dar passes laterais, agrediu o adversário com a bola nos pés. E os 2 a 1 do placar final ainda saíram barato: no segundo tempo o Grêmio perdeu oportunidades.

A arbitragem quase interferiu no resultado. Errou ao marcar impedimento de Alan Ruiz num contra-ataque em que ele saiu na cara de Vítor – quando recebeu o lançamento ele ainda estava no campo do Grêmio – e inventou uma expulsão do Bressan no fim do jogo, alegando “cera”. Como era o segundo cartão amarelo, deu expulsão. Os reservas do Grêmio jogaram com um a menos cerca de 10 minutos, mas seguraram a vitória, a primeira do Tricolor na Libertadores.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

GRÊMIO PERDE, MAS VOLTA VIVO DA ARGENTINA


Depois de duas partidas irreconhecíveis, o Grêmio voltou a jogar com cara de Grêmio. O placar adverso, 1 a 0 para o San Lorenzo, foi um detalhe. É claro que não é qualquer detalhe, pois obriga o Tricolor a vencer os argentinos por dois gols de diferença. Mas a boa notícia da quarta-feira que marcou a primeira derrota do Imortal na Libertadores também marcou a volta de um time com coragem, indignação e capacidade de reação. A começar porque o Grêmio segurou a pressão do San Lorenzo, que pouco chutou a gol nos primeiros 25 minutos do primeiro tempo. Depois disso o time equilibrou, estancou a pressão inicial e chegou até a assustar o adversário em alguns momentos.
No segundo tempo, quando o San Lorenzo já tinha perdido um pouco da sua capacidade de pressionar, o Grêmio começou melhor. Mas uma falha da defesa (mais uma) atrapalhou os planos do Tricolor de manter a invencibilidade na Libertadores. Em desvantagem no placar, o Grêmio mandou no jogo: teve mais posse de bola, encaixotou o San Lorenzo no seu campo e pressionou. Tomou alguns sustos nos contra-ataques, mas esteve mais perto de empatar do que de levar o segundo gol. Esse segundo tempo expôs a fragilidade do time argentino, que apesar de saber se defender, demonstrou nervosismo.

O jogo de volta é uma incógnita. Times argentinos às vezes jogam melhor fora de casa, sob pressão, do que em casa, com o apoio da torcida. Para se classificar, o Grêmio precisa desmontar a vantagem de um time que vai a Porto Alegre só para se defender e talvez buscar um gol no contra-ataque. A situação recomenda time reserva no domingo, pelo Brasileirão, colocando em campo apenas os jogadores que precisam de ritmo de jogo, como Zé Roberto e Luan. O Grêmio voltou em desvantagem. Mas está vivo. EU ACREDITO!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

GRÊMIO ENFRENTA O SAN LORENZO E A CRISE DE IDENTIDADE


O Grêmio entra em campo hoje, contra o San Lorenzo, no jogo de ida pelas oitavas de final, em Buenos Aires, com a tarefa de superar dois adversários: o time do Papa e a sua crise de identidade. Depois de uma campanha irretocável na primeira fase, no chamado “Grupo da Morte”, com 4 vitórias e 2 empates, 8 gols pró e apenas 1 contra, o time sofreu duas derrotas, cinco gols e marcou apenas dois nas últimas partidas. Essas duas últimas partidas deixaram o time de Enderson Moreira sob suspeita.
Pra piorar, o Tricolor entra em campo hoje com dois desfalques importantes: Rodolpho e Wendell. E ainda tem Marcelo Grohe, que pode ficar de fora da partida de hoje –e ele já não jogou domingo, contra o Atlético/PR, por ter sentido um “desconforto muscular” no aquecimento, como noticiou a imprensa.

Com todos esses fantasmas rondando, talvez seja a hora de o Grêmio fazer a sua especialidade: surpreender os pessimistas e desmentir os prognósticos negativos. 

quinta-feira, 3 de abril de 2014

NO GRUPO DA MORTE, GRÊMIO GARANTE VAGA COM UMA RODADA DE ANTECEDÊNCIA


Com dois gols feitos na “goleira sagrada”, onde Dinho marcou de pênalti o gol do bi da Libertadores (empate em 1 a 1 com o mesmo Nacional, no mesmo estado, em 1995), o Grêmio bateu o Nacional de Medelín por 2 a 0, gols de Dudu e Barcos e garantiu com uma rodada de antecipação a classificação para a próxima fase do torneio. Os dois gols saíram no segundo tempo. 
No primeiro o Tricolor jogou recuado, aceitando a pressão dos colombianos. Empurrados pela torcida, os gringos foram para cima e Marcelo Grohe apareceu quando foi preciso.

Já no segundo tempo o time voltou com outra postura, adiantou a marcação e começou a chegar mais na frente, apesar do time da casa tentar manter a pressão. O primeiro gol saiu cedo, aos 7 minutos, dos pés de Dudu, que aproveitou uma bola que veio do lado direito. Atrás no placar, o time da casa voltou a tentar encaixar a pressão, mas o Grêmio assustou nos contra-ataques. Até que aos 24 minutos, o Pirata Barcos liquidou a fatura: ele entrou na área e deu um toque com categoria, na saída do goleiro Franco Armani. Foi o primeiro gol dele na Libertadores desse ano - no Gauchão o Pirata tem marcado.


Daí em diante o Grêmio tocou a bola, chegou nos contra-ataques e deu chutão quando foi preciso, que o jogo é de Libertadores. O Grêmio de hoje voltou a ser aquele Grêmio de Enderson Moreira, que tem agradado a torcida. No Grupo da Morte, o Tricolor é o melhor brasileiro e tem a terceira melhor campanha entre todos os times. Agora é matar o Nacional do Uruguai na Arena, chegar a 14 pontos e tentar ficar com a melhor campanha de toda a Libertadores,

sexta-feira, 14 de março de 2014

COM MELHOR CAMPANHA, GRÊMIO AINDA ENFRENTARÁ DIFICULDADES NO GRUPO 6

Depois de um primeiro tempo fraco, o Grêmio amassou os argentinos do Newell’s Old Boys na etapa complementar. Teve pressão, bola na trave e até um gol perdido por Barcos na cara do goleiro. Fora algumas boas defesas do goleiro argentino. É bem verdade que a situação do Grêmio é confortável, apesar de estarmos no chamado “grupo da morte”. O time tomou apenas um gol no primeiro turno e tem a melhor campanha dessa fase. Mas não significa que passar para a segunda fase seja um passeio: o Grêmio tem dois jogos difíceis fora de casa: pega o Newell’s na Argentina e o Nacional de Medelín, fora. Precisa pelo menos trazer um ponto dos seis que disputa fora para chegar na rodada final com tranquilidade para, vencendo o Nacional do Uruguai – a pior campanha do grupo 6 até aqui – na Arena, na última rodada, garantir a classificação.


Dentro de campo, o Grêmio do segundo tempo foi imensamente superior aos argentinos: mandou no jogo, ganhou sempre a segunda bola e apertou. Faltou só o gol, que parou no erro de Barcos, no travessão e nas defesas do goleiro adversário. Mantendo essa atitude, o Grêmio pode muito bem trazer não um, mas pelo menos de quatro a seis pontos dos jogos no exterior. 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

IMORTAL CRAVA 100% DE APROVEITAMENTO NO "GRUPO DA MORTE"



Com duas rodadas, o Grêmio está passeando no chamado "grupo da morte", considerado o mais difícil da Libertadores deste ano. Se a vitória sobre o Nacional, no Uruguai, "goleada" por 1 a 0 valeu mais pela postura do time em campo, os 3 a 0 impostos sobre o Nacional, outro osso duro de roer, o Grêmio convenceu tanto pela atitude quanto pelo futebol. Na verdade os 3 a 0 ficaram baratos para os gringos: Barcos perdeu um gol feito no final, fora o contra-ataque com três gremistas contra um defensor do Nacional, também desperdiçado. E ainda teve aquele voleio do Zé Roberto no segundo tempo. Ao contrário do jogo anterior pela Libertadores, o Grêmio de hoje chutou mais a gol.

Mas o importante mesmo é que a vitória saiu e que o time se comportou bem diante da tentativa do adversário de pressionar para tentar buscar o empate. Outro fator importante é que Alan Ruiz entrou e entrou bem. Deixou o gol dele - por sinal um golaço; Dudu não teve tempo para fazer muita coisa e Maxi mal tocou na bola.

Do time que começou a partida, destaques para a zaga bem postada, Ramiro que marcou o segundo gol e Wendell, lateral esquerdo que há um ano estava no Londrina Esporte Clube disputando o Campeonato Paranaense e agora está comendo a bola na Libertadores - ele fez a jogada do segundo gol. Já o atacante Luan, autor do primeiro gol e responsável por bagunçar a zaga adversária, esse dispensa comentários. Quem é Kléber Gladiador mesmo?

O Grêmio 2014 vem com força, com um elenco bom e um banco que está dando uma boa resposta.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

VITÓRIA COM CARA DE LIBERTADORES


Na estreia do Grêmio no “grupo da morte”, jogo com cara de Libertadores e vitória com a cara do Grêmio copeiro velho de guerra. “Goleada” por 1 a 0 sobre o Nacional em Montevidéu, com casa lotada, muita catimba, os uruguaios batendo como sempre e gol de volante. Foi o paraguaio Riveros quem mandou a bola para as redes marcando o gol da goleada tricolor. O Grêmio se comportou muito bem, mesmo os guris, casos de Wendell e Luan, não se abalaram nem um pouco e também não caíram nas provocações.

O jeito como veio a vitória, com o time copando, é um alento. É o velho Grêmio da Alma Castelhana, como bem lembrou Pedro Ernesto Denardin. Mas é claro que apesar da vitória – consistente, sim – há reparos a fazer. O time teve domínio do jogo – como teve no primeiro tempo do GREnal –, mas faltou finalizar. O Grêmio pouco chutou a gol; o Nacional chutava muito de fora da área e com perigo. Barcos fez muito pivô. Que eu lembre, chutou uma vez de fora da área e quase na arquibancada.

Sobre o time, é importante dizer que Zé Roberto dá segurança no meio e cadencia o jogo; Rodolfo jogou muito hoje, segurou tudo lá atrás. Marcelo Grohe é o nosso goleiro, merecia a titularidade desde o ano passado. Wesley ainda não está no nível de Alex Telles, mas está jogando muito: seguro, o guri é abusado, apoia bem; Edinho foi bem no meio de campo; Werley foi bem na zaga; Luan mete correria em cima dos adversários, mas falta objetividade; Pará e Ramiro estão irreconhecíveis - apesar do cruzamento de Ramiro para o gol de Riveros. Parece que não voltaram das férias.


Enfim, o time está encaminhado. Toca bem, tem domínio do jogo. Na minha opinião, falta chutar mais. A melhor notícia da noite é a forma como a vitória aconteceu. 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

2014 COMEÇA HOJE PARA O GRÊMIO

2014 começa hoje para o Grêmio. O Tricolor sob o comando de Enderson Moreira entra em campo para estrear na Libertadores. O grupo é forte, considerado difícil, mas é melhor começar comendo grama do que pegar moleza no começo e se decepcionar depois. O principal teste do novo Grêmio até aqui foi o GREnal de domingo, empate em 1 a 1 na Arena. O time foi superior durante parte do jogo, mas tomou pressão dos colorados e em alguns momentos viveu de contra-ataques.

O fato é que o Grêmio de Enderson Moreira pode ir mais longe que o de Renato Portallupi. Por mais que o nosso camisa 7 seja ídolo, na casamata ele mostrou ser um técnico de tiro curto. Fora a teimosia. Moreira reabilitou Zé Roberto e parece ter uma ideia de time melhor que a de Portallupi. Defende bem – com dois ou três volantes conforme a circunstância –, mas não tira a criatividade do meio de campo. Além de Zé Roberto, ele tem alternado na meia Maxi Rodrígues, Jean Deretti, fora o Alan Ruiz. A boa nova é que Barcos voltou a fazer gols e Grohe está segurando bem lá atrás.


Não dá pra dizer que somos favoritos, mas Grêmio em Libertadores sempre dá trabalho. E a nação Tricolor está aqui para apoiar.