quinta-feira, 10 de março de 2011

VITÓRIA DE TURNO COM CARA DE LIBERTADORES

Foi uma daquelas vitórias para justificar a fama de imortal. Daquelas às quais o torcedor do Grêmio já se acostumou ao longo do tempo. Do inferno ao céu em 90 minutos, com o acréscimo de uma decisão por pênaltis.

Eram 38 minutos e o Caxias vencia por 2 a 0. O time da Serra recusou o papel de equipe pequena, que vai ao Olímpico, sente na nuca o bafo da Geral e se encolhe. Não. Partiu para cima e jogou bem. Deixou o Grêmio atormentado e fez dois golaços. Um de Itaqui, cobrando falta, aos 20 minutos e outro de Gerley, que entrou na área tabelando e deixando a defesa tonta.

Quando a festa começava a virar pesadelo, a torcida empurrou o time para cima e Willian Magrão, aquele que quase foi para o Corinthians, mostrou porque tem que ficar no Olímpico: chutou de fora da área e diminuiu – com aquela camisa alvinegra que não tem alma nem tradição ele não jogaria metade do que jogou ontem.

O Grêmio teve chance de marcar no finzinho, mas André Lima cabeceou para fora. Aliás, antes disso, Rodolfo já tinha marcado aos 23 minutos, mas o gol foi anulado sob a alegação de impedimento.

SEGUNDO TEMPO
O Grêmio voltou melhor no segundo tempo: encaixotou o Caxias no seu campo de defesa, tornou raros os contra-ataques do time da Serra e foi para cima. O bom goleiro André Sangali, o goleiro pegador de pênaltis do Caxias mostrou que não é bom sô nas penalidades. Segurou com boas defesas – e muita cera – o ímpeto tricolor. André Lima marcou o que seria o terceiro gol, mas que foi anulado. Até ali: Grêmio 1 x 2 Caxias x 2 gols anulados.

O time melhorou muito com a entrada de Lúcio, que vem fazendo falta na Libertadores e deve voltar quinta que vem, contra o Leon de Huánaco. Ele criou chances e bagunçou o lado direito da defesa caxiense. Na primeira jogada, deu um passe açucarado para Borges, que só não marcou porque Sangali estava numa noite iluminada.

A cera do Caxias foi tanta, que o juiz deu 6 minutos de desconto – e precisou dar mais 2 porque o time da Serra fez cera também nos descontos.

No finzinho, aos 50 minutos, depois de confusão na pequena área, com Victor subindo nas cobranças de escanteio, Borges escorou para Rafael Marques, que com raiva, fuzilou. Empate garantido e decisão por pênaltis.

Daí foi a vez de Victor brilhar: defendeu duas das três cobranças do Caxias. O Grêmio acertou quatro e nem precisou da quinta para levantar a Taça Piratini.

Tudo bem, foi uma vitória de turno, valeu mais uma taça no armário, a Piratini, mas a maior vitória de ontem foi a de um time que começa a ficar com cara de Libertadores. Esse foi o grande ganho.

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