sábado, 15 de setembro de 2012

OS 109 ANOS DE UM IMORTAL

Em 15 de setembro de 1903, o mundo a Belle Époque e no recorte histórico feito por Eric Hobsbawm, o século XX ainda não havia começado, o que só viria a ocorrer em 1914, com o começo da Primeira Guerra Mundial. No Brasil, Rodrigues Alves presidia a República, que mal acabara de passar da primeira década. Em Porto Alegre, um grupo de amigos se reunia em torno de uma bola trazida pelo paulista Candido Dias para a capital gaúcha, a primeira que andou pelo solo da cidade banhada pelo Guaíba. Como diz o site oficial do Imortal, o grupo praticava "empiricamente" o futuro esporte número não só do Brasil, como de todo mundo.

Até que no 7 de setembro daquele ano, o Sport Clube Rio Grande foi a Porto Alegre fazer uma apresentação do novo esporte. Durante a apresentação a bola trazida pelo clube do litoral murchou e Candido cedeu a sua para que a partida chegasse ao fim. No fim do jogo, o grupo de Candido buscou mais informações sobre o futebol e uma semana depois, na tarde de 15 de setembro, 31 pioneiros se reuniram num restaurante do centro de Porto Alegre e firmaram o nosso contrato social (sim, no sentido dos contratualistas). O futebol porto-alegrense saía do estado de natureza e estava criada a Nação Tricolor.

Firmado o contrato, que nada tem de hobbesiano, nascia o Grêmio, uma paixão que move milhões de pessoas pelo Rio Grande, o Brasil e o mundo afora. O primeiro chefe de Estado da Nação Tricolor foi Carlos Luiz Bohrer.

O primeiro jogo foi em 6 de março de 1904, vitória por 1 a 0 sobre o Fuss-Ball Club Porto Alegre. Estava iniciada a trajetória do Tricolor, que atravessa mais de um século, duas guerras mundiais, a depressão dos anos 30, os "30 gloriosos", os dois choques do petróleo, o neoliberalismo, os dois Bushs e muito mais. E que dentro de campo segue hoje, como no século passado, fazendo a alegria de toda essa nação.

O Grêmio faz parte da minha vida, é um traço da minha personalidade. Se eu não fosse gremista, seria outra pessoa, não seria eu.

Parabéns, Grêmio. Tenho orgulho de ser gremista!

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