quinta-feira, 17 de outubro de 2013

JOGO RUIM, RESULTADO BOM


O jogo entre Grêmio e Corinthians, ontem à noite, na Arena, foi ruim. O resultado foi melhor que o jogo. Muito melhor. Caiu como uma luva para o discurso “quer ver espetáculo assista jogo do Barcelona”, uma espécie de revival do Felipão dos anos 90.

Durante os 90 minutos, os dois times pareciam disputar uma partida de sabe-se lá o que: muito chutão pro alto, muita ligação direta e muitas trombadas, numa amostra do que será o jogo da próxima quarta-feira, também na Arena, só que dessa vez valendo vaga na semifinal da Copa do Brasil.

No Grêmio, a teimosia de Renato irritou no primeiro tempo. É duro ver Adriano no campo e Elano no banco. O volante – que veio do mesmo Santos do qual veio Elano – chegou a ser vaiado ao chegar na intermediária e recuar a bola para o campo de defesa. Com tantos volantes sem ter sequer alguém para tentar a armação, só uma jogada individual de Lucas Coelho levou perigo ao gol defendido por Cássio. E foi só. No segundo tempo, Renato retirou um dos três zagueiros para colocar Maxi Rodriguez. E funcionou: foi dos pés dele que surgiu a bola açucarada que, em grande estilo, matando no peito e chutando sem deixar tocar no chão, Barcos mandou para o fundo da rede corintiana. Depois de uma longa estiagem de gols, Barcos quase deixou o seguinte, mas para nosso azar, Cássio conseguiu tirar com o pé. Depois foi correria pra todo lado e Paulinho, como sempre, tentando driblar sem sucesso e/ou se atrapalhando com a bola. E enquanto isso, Zé Roberto segue no banco, sendo que dentro de campo ele poderia criar mais chances de gols para o Grêmio.

No Grêmio da Era Renato, 1 a 0 é goleada, mas o modelo, embora lembre em alguma coisa a Era Felipão, o time deixa a dever. Tudo bem, o Grêmio joga com vontade, dá carrinho, luta pela bola como por um prato de comida, como nós gremistas gostamos. Mas a diferença é que no Grêmio de Felipão, se tinha Dinho e Goiano para fazer cara feia e segurar os adversários, tinha Carlos Miguel e Arilson para armar jogadas. É isso que Renato precisa entender: Zé Roberto e Elano podem ser essa dupla, às vezes alternando com Maxi Rodriguez nessa função. É por isso que Felipão colecionou faixas. Não é uma questão de estética, Renato. É uma questão utilitária: os meias leves levam a bola pra cara do gol. #escalaozérenato!!!!!

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