quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

VOU PARA A PRAIA

Hoje estou a caminho da praia. Não é Porto Seguro, nem Porto de Galinhas. Não é Natal, nem Fortaleza. Não vou para Ubatuba (Ubachuva) nem para Guarujá. Não vou para Matinhos. De Camboriú e Floripa passarei longe. Nem Torres, nem Tramandaí.

No final da tarde desta quinta-feira desembarco em Porto Alegre. Como assim? Porto Alegre não tem praia. Tem sim. A minha praia fica na Azenha, chama-se Olímpico Monumental. Vou lá sexta-feira para visitar o estádio. Vou no sábado para ver a estreia no Gauchão contra o Lajeadense. E volto lá na semana que vem antes de ir embora.

Conheço o Olímpico desde a infância. Quando a minha idade mal podia ser contada com os dedos de uma mão eu já frequentava lá. Era sócio. Mas mais do que sócio, sempre fui torcedor. Uma das minhas lembranças de infância: meu pai sempre ia ao estádio ver jogo do Grêmio aos domingos. Ia ele, um amigo dele chamado Danilo e meus irmãos mais velhos. Ficávamos eu e o Márcio, os mais novos meio que na sobra. Daí vinha o meu pai e oferecia um “suborno”: uma moeda de sei lá quanto, mas que comprava um sorvete. Não sei se nessa época eu já sabia que não gostava de sorvete, mas eu tinha certeza que já gostava de ir ao Olímpico assistir aos jogos do Grêmio. O Márcio, pelo que eu lembro, costumava aceitar a moeda e o sorvete, dos quais não deve se lembrar hoje. Eu preferia ir ao estádio. E lembro de várias coisas

E lá no Olímpico eu assisti a muitas batalhas do Gauchão na década de 70. Lembro do Tarciso, um ponteiro direito do Grêmio que sempre foi muito querido pela torcida. Numa jogada (eu não lembro o adversário), perto do meio de campo, um lateral do time adversário tentou tabelar com a canela do Tarciso para ficar com a bola. Nosso ponta, espertamente abriu as pernas e ganhou o arremesso manual.

GREnal só assisti um. Já naquela época era perigoso levar crianças em GREnais. E nem foi no Olímpico, foi no chiqueirão. Lembro muito pouco desse jogo, exceto por um frango do Manga no gol do Grêmio. O resto eu esqueci - o Grêmio deixou de ganhar aquele jogo.

Já na década de 90, estive na final do Brasileirão de 96: nós, com Felipão na Casamata, Dinho e Goiano comandando o meio de campo, Rivarola comandando a zaga com Mauro Galvão ao lado, Arce na lateral direita, Carlos Miguel, Emerson, Paulo Nunes e é claro, Aílton entrando no segundo tempo e marcando aquele golaço que nos fez bater a Portuguesa e o resto do mundo. Eu estava na arquibancada superior, atrás daquela goleira. Foi um delírio.

Tenho outras lembranças: chegando no estádio, vendo já do acesso às arquibancadas o gramado, o barulho da torcida. Provavelmente seja essa a sensação que terei neste sábado ao chegar à minha praia.

Fiquei alguns anos sem assistir a jogos no Olímpico porque vou em Porto Alegre em janeiro, quando estou de férias. E a Federação Gaúcha pegou por uns tempos o péssimo hábito de começar a temporada com a dupla GREnal mandando jogos no litoral. Ainda bem que mudaram de ideia. Assim poderei ir à praia em dia de jogo. Eu e mais de 25 mil gremistas. Vamos começar 2011 copando.

2 comentários:

  1. Você tem que vir para Londrina, recepcionar teu idolo,Ronaldinho Gaucho.

    ResponderExcluir
  2. bah, queimou meu filme. Eu não tinha escolha, tinha 2 ou 3 anos, com ou sem dinheiro eu não iria mesmo. E quem ganhava a grana, pelo que eu lembro, éramos eu e o Renato.

    ResponderExcluir